Assim como a Paula Marchiori — estrategista de branding e ESG com quem tive o prazer de trabalhar por alguns anos — e tantos outros autores, também me pego questionando essa busca incansável pelo tal “propósito” nas empresas. Não que eu desacredite do valor de um propósito genuíno, muito pelo contrário. O que me incomoda é essa obsessão por tê-lo a qualquer custo — porque, se é preciso forçá-lo, talvez ele não seja tão verdadeiro assim. Concorda?
#criatividade
Carbon, Silicon, and the Alchemy of Creativity
Um briefing do que seria uma campanha de reposicionamento para a marca que conhecemos hoje como Estados Unidos da América.
Durante mais de um século, os Estados Unidos projetaram uma das marcas mais potentes já criadas na história. Um sistema simbólico que combinava promessa, performance e propaganda com precisão quase coreográfica.
Acontece que o tempo mudou. E rápido.
O que antes era “liderança globalˮ agora soa como nostalgia. O que foi “liberdadeˮ virou ruído. “Esperançaˮ, um termo em desuso. E o tal “sonho americanoˮ hoje está em litígio.
Estamos diante de um redesenho histórico, talvez irreversível, da identidade de uma nação. Não se trata de um novo logo. Estamos falando de revisar os valores fundadores, os pilares morais, a estética da verdade e o tom emocional de um país inteiro.
Uma cirurgia na espinha dorsal simbólica da América.
“O retorno de Donald Trump ao poder não é apenas um evento político. É um sintoma visível de um processo mais profundo – o avanço da “enTRUMPia”, uma onda de caos que parece sem fim. Polarização radical, guerras em expansão, risco nuclear, colapso climático.
O mundo se reorganiza em torno de fissuras, não de pontes. Se a entropia é a tendência natural de qualquer sistema fechado ao colapso, Trump atua como um catalisador. Um agente de aceleração da desordem, desestabilizando instituições, corroendo o tecido da confiança social, normalizando o absurdo.”
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Áudio artigo da coluna de Fred Gelli para a Fast Company Brasil: ENTRUMPIA O Colapso Autoimune da Sociedade e o Potencial Regenerativo da Natureza
Todo começo de ano, ou até no fim do ano anterior numa tentativa de capturar mais leitores, quem trabalha com marcas, em suas diversas áreas, já conhece o cenário: uma chuva de relatórios de tendências de todas as fontes possíveis. São materiais nacionais, internacionais, traduzidos, adaptados — um volume imenso, cada um trazendo suas perspectivas sobre o que esperar e quais oportunidades podem surgir no novo ciclo.
O retorno de Donald Trump ao poder não é apenas um evento político. É um sintoma visível de um processo mais profundo — o avanço da “enTRUMPia”, uma onda de caos que parece irresistível. Polarização radical, guerras em expansão, risco nuclear, colapso climático. O mundo se reorganiza em torno de fissuras, não de pontes. Se a entropia é a tendência natural de qualquer sistema fechado ao colapso, Trump atua como um catalisador. Um agente de aceleração da desordem, desestabilizando instituições, corroendo o tecido da confiança social, normalizando o absurdo. Mas será que ele é a causa ou apenas o reflexo de um processo maior? Talvez Trump não seja o vírus, mas o sintoma de uma doença autoimune global.
“Uma renovação de marca é como uma sessão de terapia”, diz Fred Gelli, cofundador e CEO da Tátil Design. “Você realmente precisa ir fundo e tentar se entender; só então será capaz de se expressar de uma forma diferente.”
Conversamos com Gelli, que será o presidente do júri da nova categoria Brand Identity Refresh no D&AD Awards 2025. A seguir, ele compartilha exemplos de estratégias implementadas em seu próprio trabalho, incluindo a reformulação da marca do Carnaval do Rio para criar uma identidade mais reconhecida globalmente.
Já somos mais de 7 bilhões de habitantes em um planeta raro e com apenas 13.700 mil quilômetros de diâmetro. Uma “casa” pequena, com recursos finitos, que vem sendo explorada de maneira agressiva e irresponsável por tempo suficiente para que muitas das consequências representem impactos difíceis de serem contornados. Não se tratam apenas de problemas ambientais.
Essa semana eu tive o privilégio de estar no RIW — e eu poderia aqui fazer um compilado de tendências, falar sobre os stands, palestrantes, … Mas vou preferir fazer uma abordagem um pouco diferente inspirada por um papo que tive a sorte de ter com o Felipe Aguiar (que foi comigo) e com o Ricardo Bezerra (para quem contei essa história e me deu o insight para o post de hoje).
Faz parte do DNA da Tátil. Desde o início da nossa história, a natureza é vista como uma fonte de soluções estratégicas inspiradoras que aponta novos caminhos mais inteligentes e sustentáveis. Por isso, temos um carinho muito especial por este projeto que fomos convidados a participar.