#criatividade

O desafio tem sido traduzir em formas, cores, texturas e especialmente em storytelling o movimento contundente que a Danone tem feito na direção de ser uma marca protagonista nas áreas de alimentação saudável, responsabilidade social e ambiental. Seu CEO, Emmanuel Faber, já é uma referência como representante de uma nova mentalidade corporativa global, comprometendo-se pessoalmente com objetivos ousados, como a redução de impacto de embalagens e o investimento nas práticas de comércio justo em toda a cadeia produtiva com pequenos fazendeiros e agricultores, o que garante acesso aos melhores ingredientes.

“Acabo de voltar de uma sequência de experiências que chacoalharam minha cabeça e meu coração. Foram 15 dias entre o Web Summit Lisboa, onde fiz uma palestra no palco Creative, em seguida mais uma semana mergulhando no mundo da arte contemporânea na 60ª edição na Bienal de Arte de Veneza, que este ano contou pela primeira vez com a curadoria de um brasileiro, Adriano Pedrosa.

Em comum, os dois eventos são os maiores palcos de discussão e apreciação de suas respectivas áreas. No primeiro, mais de 70 mil pessoas do mundo todo compartilham a vanguarda da cena de inovação e tecnologia, em que, naturalmente, a grande protagonista foi a evolução exponencial das inteligência artificiais.”

Acabo de voltar de uma sequência de experiências que chacoalharam minha cabeça e meu coração. Foram 15 dias entre o Web Summit Lisboa, onde fiz uma palestra no palco Creative, em seguida mais uma semana mergulhando no mundo da arte contemporânea na 60ª edição na Bienal de Arte de Veneza, que este ano contou pela primeira vez com a curadoria de um brasileiro, Adriano Pedrosa.

É curiosa a trajetória do estúdio Tátil em seus 35 anos de vida, que começou como uma pequena empresa que propunha, fabricava e fornecia produtos “ecológicos” personalizados para seus clientes (lápis, cadernos, etc.), até se tornar atualmente uma grande consultora de branding, design e inovação para importantes empresas nacionais e internacionais. “Muitas coisas mudaram, mas de alguma forma a essência continua a mesma”, afirma Fred Gelli, seu co-fundador e CEO. “Seguimos os mesmos princípios criativos que estabelecemos lá em 1990 como base de nossa forma de projetar, que é trabalhar muito para alcançar o mais simples, considerar os desejos que os materiais têm por determinadas formas, respeitando e valorizando-os, e projetar levando em conta o ciclo de vida completo dos objetos”.

Essa, assim como muitas outras palavras do universo da sustentabilidade, vem sendo esvaziada de sentido por usos superficiais, equivocados e oportunistas, espalhados em uma avalanche de textos, peças publicitárias e artigos sobre a bandeira ESG.

Diferentemente do significado de restaurar um ambiente ou um quadro, onde pressupõe-se uma volta à condição original, regenerar tem uma ambição maior, mais realista, pois no lugar de querer voltar ao passado, o termo inclui uma dimensão criativa.

Difícil imaginarmos uma floresta amazônica restaurada. Voltando a ser como já foi. Na verdade, a natureza nunca volta. Ela sempre vai. Evoluir significa reconfigurar, rearticular, e é isso que a palavra regenerar ambiciona.

No final de semana passada, voltando de viagem, diante de um aparente engarrafamento no viaduto que dá acesso ao túnel Rebouças, minha mulher, que estava dirigindo, me perguntou: “o que eu faço? Encaro ou pego o caminho alternativo?”.

Na hora eu disse “calma, vou olhar no Waze”, mas era tarde demais. Ela pegou o caminho de baixo. Andamos 50 metros e o trânsito parou. Nessa hora, o trajeto abriu na tela e mostrou que mesmo engarrafado, o viaduto era a melhor opção.

Imaginar sempre foi um dos maiores diferenciais do Sapiens em relação a qualquer outro ser vivo neste planeta. Enxergar algo que ainda não existe. Conectar o que não foi conectado. Inventar. Dá para dizer que somos o animal mais criativo concebido pela evolução.

Nossa programação é aberta. Diferentemente de outros seres, que são geniais em suas relações com os ambientes, que constroem ninhos intrincados, que utilizam técnicas surpreendentes de caça e acasalamento, mas que sempre operam em cima de um roteiro quase que imutável.

Cinco dias no SXSW foram uma inspiração poderosa para a escolha do tema para este artigo. Com tanta coisa acontecendo em tão pouco tempo, tanta gente inteligente pelas sessões do centro de convenções, pelos corredores, nas happy hours e nas festas, participar do festival representou quase que uma overdose de insights e provocações.

Ouvindo esta música do Lenine de olhos fechados em um voo para São Paulo, me peguei em lágrimas fartas quando me dei conta do que se tratava. Ele usa uma sequência com mais de 20 adjetivos com conotações supostamente negativas, como imperfeito ou falível, para descrever simplesmente a manifestação mais original de todo o universo: a vida, ou melhor “o vivo”. Aquele que existe a partir da sofisticada alquimia bioquímica do cosmos e se manifesta em corpo e alma por aqui.

As especulações na imprensa eram de que algo realmente novo seria apresentado ao mundo e que tinha tudo para surpreender, até os maiores entusiastas da banda mais famosa de todos os tempos.

“Sergeant Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, dos Beatles, não só cumpriu a promessa, mas segue sendo considerado um dos 10 álbuns mais importantes de toda a história da música. Ganhou dois Grammys, foi sucesso instantâneo de público, influenciou não só a música dali para frente, mas a arte, a moda e a cultura.